Sobre o AtoM

Plataforma de Acesso, Difusão e Transparência Ativa em Software Livre

O AtoM é a nova plataforma utilizada pelo Museu Nacional dos Povos Indígenas/FUNAI para acesso e difusão dos acervos documentais relacionados às suas áreas de atuação (história do indigenismo brasileiro e das relações entre o Estado e os Povos Indígenas; patrimônio cultural e expressões artísticas, linguísticas e culturais dos povos indígenas brasileiros; e demais bens culturais elucidativos para desenvolvimento de estudos e pesquisas). Através dela é possível acessar os diferentes níveis de descrição dos fundos e coleções sob a guarda do Museu Nacional dos Povos Indígenas.

Acervos do Museu do Índio

Desde sua concepção na década de 1950 por Darcy Ribeiro, o Museu do Índio mantém o objetivo proposto pelo renomado antropólogo: divulgar a história e a contemporaneidade das culturas indígenas.

Atuando na preservação e promoção desses patrimônios culturais, a instituição tem sob sua guarda acervos relativos à maioria das sociedades indígenas brasileiras, constituídos por mais de 18 mil peças etnográficas e cerca de 20 mil publicações nacionais e estrangeiras, especializadas em etnologia e áreas afins. Além disso, é responsável pelo tratamento técnico de centenas de milhares de documentos arquivísticos, entre registros textuais, que datam a partir do século XIX, e documentação audiovisual, como fotos, vídeos e áudios, em sua maioria produzida pelos próprios povos indígenas.

Mais do que abrigar expressivos acervos, o Museu do Índio conserva, pesquisa, documenta e comunica as informações neles preservadas, tendo se tornado referência para pesquisadores e interessados na questão indígena e contribuído com significativos avanços para o campo de museus etnográficos brasileiros, alguns deles administrados pelos próprios povos indígenas. Diversas ações têm sido empreendidas nesse sentido, como a reforma de seus laboratórios de conservação e reservas técnicas, o preparo e a publicação de catálogos, inventários, dicionários, tesauros e outros instrumentos de pesquisa e recuperação da informação.

Hoje designado como órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o Museu do Índio aprofunda a concepção original de Darcy Ribeiro, buscando criar meios e oportunidades para que os indígenas se apropriem desses acervos e sejam agentes atuantes na conservação e divulgação da própria história.

Acervo Arquivístico

O acervo arquivístico do Museu do Índio é composto por quase 200 mil documentos textuais, que somam aproximadamente 800 mil páginas, além de 19 mil negativos fotográficos, 24 filmes cinematográficos e cerca de 300 documentos sonoros, agrupados em duas categorias: os arquivos permanentes custodiados e o arquivo institucional.

Os arquivos permanentes custodiados abrangem os fundos institucionais que refletem a ação do Estado brasileiro junto aos povos indígenas, isto é, os documentos produzidos pelo Serviço de Proteção aos Índios (1910-1967), o Conselho Nacional de Proteção aos Índios (1939-1967) e a Comissão Rondon (1890-1935), além dos fundos pessoais de pesquisadores do campo da etnologia indígena brasileira, recolhidos por meio de doações. Por sua vez, o arquivo institucional é composto por documentos produzidos, recebidos e acumulados em decorrência do exercício das atividades do Museu do Índio no cumprimento de sua missão institucional.

Ao tempo em que o arquivo institucional decorre da rotina da instituição, os arquivos permanentes custodiados se referem a um espaço cronológico específico, isto é, a década final dos anos 1890, que marca o início da Comissão Rondon, e o ano de 1967, em que foram extintos o Serviço de Proteção aos Índios e o Conselho Nacional de Proteção aos Índios. Esse material totaliza mais de duzentos mil documentos, constituídos por mais de um milhão de páginas, e suas referências para pesquisa e consulta podem ser encontradas em nossa base on-line.

A pesquisa é feita por meio da combinação de palavras-chave. É possível alterar as preferências de busca, privilegiando o tipo de acervo, gênero, suporte e outros critérios.

Os itens documentais digitalizados podem ser disponibilizados por e-mail, compartilhado por serviços de transferência de arquivos via internet e mídias de transporte. Entre em contato com o Serviço de Referências Documentais do Museu do Índio (arquivo@museudoindio.gov.br) para orientações quanto à disponibilização, reprodução e divulgação do acervo.

A consulta ao acervo arquivístico é feita prioritariamente de forma remota, uma vez que a documentação foi digitalizada e se encontra indexada e descrita na base de dados. Entretanto, caso prefira pesquisar presencialmente, os serviços arquivísticos do Museu do Índio são prestados na Rua das Palmeiras nº 55, bairro de Botafogo, Rio de Janeiro. A instituição funciona em dias úteis, entre de 9h30 e 17h30. Entre em contato para informações sobre o agendamento da visita.

Acervo Bibliográfico

Instalada no andar térreo de um casarão construído em 1880 e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em fevereiro de 1967, a Biblioteca Marechal Rondon ocupa uma área de aproximadamente 150 metros quadrados, distribuídos entre sala de leitura, sala multimídia, sala de processamento e acervo. Esse acervo está aberto ao público para consultas e pesquisas, mediante agendamento.

Voltada ao estudo dos povos indígenas do Brasil, a Biblioteca Marechal Rondon teve origem com a criação do Museu do Índio, em 1953. Seu acervo originou-se das coleções dos extintos Serviço de Proteção aos Índio (SPI) e Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), além de exemplares da biblioteca particular do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.

Atualmente composto por mais de 20 mil referências bibliográficas nas áreas da Antropologia, Etnologia Indígena, História, Patrimônio, Linguística e Meio Ambiente, o acervo é destinado a indígenas, pesquisadores, estudantes, servidores da Funai e demais interessados. Destacamos desse patrimônio um conjunto relevante de obras raras e coleções completas de periódicos, que emprestam à biblioteca Marechal Rondon um caráter especial no âmbito das instituições de pesquisa sediadas no Rio de Janeiro e no Brasil.

A base de dados do acervo bibliográfico está disponível para pesquisa on-line.

Buscando ampliar o acesso do público a publicações por meio do uso de ferramentas digitais, o Museu do índio também conta com a Biblioteca Virtual, um instrumento adicional de apoio à pesquisa em seus acervos e à divulgação científica de estudos sobre os povos indígenas e a história do indigenismo, entre outros assuntos.

A Portaria Funai nº 404, de 06 de outubro de 2021, estabelece as regras de organização e funcionamento dos serviços bibliográficos da Biblioteca Marechal Rondon, do Museu do Índio.

Para mais informações, entre em contato com a Biblioteca Marechal Rondon pelo e-mail biblioteca@museudoindio.gov.br ou pelo telefone (21) 2536-4046. Presencialmente, os serviços bibliográficos são prestados na Rua das Palmeiras nº 55, bairro de Botafogo, Rio de Janeiro - RJ.

Acervo Museológico

O Museu do Índio abriga um rico acervo etnográfico dos povos indígenas no Brasil. São mais de 20.000 objetos contemporâneos, expressões da cultura material de aproximadamente 150 povos indígenas que viveram e vivem no território brasileiro. As peças de uso ritual e cotidiano, feitas dos mais variados materiais como madeira, palha, argila, etc., foram obtidas diretamente dos índios por meio de doações e compras a partir de 1947.

A organização do acervo do Museu do Índio se baseia em categorias de classificação de objetos indígenas já consagradas na bibliografia etnológica. Essa classificação leva em conta a matéria-prima empregada, a técnica de confecção e a morfologia do artefato. Diferentes categorias para os tipos de coleções: objetos rituais, mágicos e lúdicos; adornos plumários; armas; cerâmica; cordões e tecidos; instrumentos musicais e de sinalização; utensílios e implementos de materiais ecléticos; trançados; etnobotânica e adornos de materiais ecléticos, indumentária e toucador.

O acervo apresenta, quantitativamente, um certo equilíbrio quanto à distribuição por tipo de categoria, cada uma com um total variando entre 1.750 e 2.400 itens, sendo as duas maiores coleções as de adornos de materiais ecléticos, indumentária e toucador, com 4.058 itens, seguida pela coleção de cerâmica, com 2.478 peças. A categoria com menor representatividade é do acervo de etnobotânica, que tem apenas 54 itens registrados.

No Museu do Índio, são inúmeras as coleções formadas pelos próprios indígenas desde os anos 1980, como as coleções de trançados dos indígenas Xyhcaprô Krahô, Jacalo Kuikuro e Julia Macuxi, bem como as de plumárias, de Talukumã Kalapalo e Arrula Waurá e a grande coleção de cerâmica de Quitéria Pankararu.

Destaque para o interesse crescente dos povos indígenas pelos museus etnográficos, contribuindo para a formação de novas coleções e para a qualificação das coleções existentes, agregando mais informações precisas sobre a produção e a utilização dos objetos.

Para consulta aos acervos documentais, acesse:

Base de Dados do Acervo Arquivístico (PHL-Elysio)

Arquivo Virtual (DocPro)

Biblioteca Virtual (DocPro)